Considera-se a metafísica como um estudo do princípio das coisas, uma subdivisão fundamental da filosofia, caracterizada pela investigação das realidades que transcendem a experiência sensível, capaz de fornecer um fundamento a todas as ciências particulares, por meio da reflexão a respeito da natureza primacial do ser.

 

A Metafísica é, assim, a filosofia primeira, e discute temas essenciais como: os modos do ser, o princípio do cosmos, a prova da existência de Deus, a forma e a matéria e etc... É, então, fundamental e necessária para a construção de nossa visão de mundo.

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Com base nisso, chamo essa série de Metafísica Ancestral, a medida que ela representa minha construção da realidade a partir da junção e apropriação cuidadosa de lembranças, memórias e histórias que se revelam através de fotos, filmes, cartas, objetos pessoais ou de terceiros e também como ‘causos’ que passaram de geração em geração.

 

É uma coletânea pessoal e própria, mas como toda ‘unidade’ fala também do ‘múltiplo’ e do que é universal. Aqui falo do universal enquanto conceito metafísico que caracteriza uma propriedade ou uma relação que pode ser exemplificada por um número de coisas particulares diferentes.

 

É uma ideia ou essência comum a todas as coisas que agrupamos sob um mesmo signo linguístico.Através dessa construção de quem eu sou e qual o meu papel e meu propósito nesse mundo, trago quem observa a se perguntar sobre sua própria história, suas lembranças, o que o fez estar aqui e como se deu toda essa cadeia de pais, avós, tataravós e seus parentes e amigos mais longínquos.

 

Mais do que isso, é trazer à tona uma ancestralidade humana, uma lembrança de quem somos como espécie e o que nos faz humanos.A representação de cenas ‘cotidianas do passado’ vem também para se discutir a questão da permanência e transitoriedade, do tempo e, por que não, da imortalidade da alma e da eternidade.